segunda-feira, 19 de julho de 2021

História de Portugal nos séculos XI a XIV

 No post passado falei-vos da História da Europa Medieval durante os séculos XI a XIV.

Neste post irei falar-vos sobre o que se passava em Portugal durante esse mesmo período.


Durante estes séculos ocorreu a Reconquista Cristã (718 - 1492), durante a qual ocorreu a formação de Portugal.

Como foi o processo da formação de Portugal?

Em primeiro lugar, temos de ir ao tempo em que se formou o condado portucalense.


Este condado foi concedido a Henrique de Borgonha no ano 1096 pelos serviços por ele prestados, na reconquita cristã, ao rei D. Afonso VI de Leão e Castela.

Este conde desejava a independência do condado, transformando-o num reino; mas esse desejo só se cumpriria após a sua morte (em 1112) pelo seu filho, D. Afonso Henriques.

O reconhecimento da sua indepêndencia ocorreu em duas datas diferentes; em 1143 pelo rei Afonso VII no Tratado de Zamora, e em 1179 pela Igreja Católica através da bula pontifícia Manifestis Probatum do Papa Alexandre III.


Após a Independência de Portugal os Reis foram conquistando mais territórios aos Mouros (terminando a Reconquista em 1249 com Afonso III) sendo ajudados pelas ordens religiosas-militares (Templários, Hospitalários, Cavaleiros de Compostela, de Calatrava) e, ocasionalmente, pelos Cruzados. 

Os reis condediam a estas ordens militares partes das terras conquistadas, como agradecimento pelo seu auxílio, e de forma a que estas as populassem e protegessem. 


Agora irei falar-vos sobre as pecularidades de Portugal em relação ao resto da Europa.

A 1ª é o facto de que em Portugal a rede formada pelas relações de vassalagem era muito menor; pois o rei tinha vassalos e, ao contrário dos outros senhores europeus, estes senhores apenas tinham como vassalos os cavaleiros, em vez de outros nobres.

A 2ª é que, em vez de comunas, como no resto da Europa, começaram a formar-se concelhos (através de cartas de foral dadas pelo rei, ou por um senhor) nos quais os seus habitantes tinham de pagar menos impostos, os habitantes mais importantes (burgueses, comerciantes...) ocupavam os cargos mais importantes. 

Mas, não tinham autonomia total pois havia em cada um deles um alcaide que representava o rei no conselho, o qual liderava o exército da cidade nas batalhas.

Com a formação dos conselhos, e com as Inquirições Gerais (verificações em que os funcionários dos reis verificavam se os nobres estavam a abusar do seu poder (ex: roubando terras ao rei)), os reis procuravam controlar o poder dos senhores e centralizar o poder em si próprios.

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