Com o insucesso da primeira república, a maioria da população começa a desejar a extinção deste tipo de governo e a instauração de um regime autoritário que restabelecesse a ordem no país.
Os primeiros sinais de que isto estava para acontecer foram as revoluções falhadas que foram ocorrendo por todo o país.
Até que, em 1928, António de Oliveira Salazar torna-se Ministro das Finanças e consegue resolver os problemas financeiros do país.
Este vai a pouco e pouco ganhando mais poder, até que se torna o ditador português do Estado Novo (ditadura do tipo fascista).
Esta ditadura tinha as seguintes características:
- Concentração dos poderes legislativo e executivo na pessoa de Salazar;
- Proibição de todos os partidos políticos, excetuando a União Nacional;
- Supressão das liberdades individuais (liberdade de expressão, de reunião e o direito à greve);
- Utilização da propaganda para controlar a sociedade (através da utilização dos meios de comunicação, de cartazes e de manuais escolares únicos);
- Introdução do corporativismo (submissão dos interesses dos trabalhadores e dos patrões aos interesses do Estado, abolição dos sindicatos livres).
Mesmo que se tenham mantido estas características, houve momentos em que o regime fingiu ser democrático convocando eleições "justas" a que todos os partidos (exceto o partido comunista) podiam concorrer, mas, tendo sempre cláusulas, e leis que os impediam de implementar as suas propostas, para além de manipularem as votações. Tudo isto, para agradar aos países que pressionavam Salazar para tornar o seu regime democrático.
Um exemplo disso foi a candidatura de Humberto Delgado à presidência da república em 1958, no qual as votações foram manipuladas.
Com a sua política de se fechar em si mesmo, Portugal primeiramente recusa a oferta do Plano Marshall mas, como em 1948 a balança comercial volta a estar negativa, este vê-se obrigado a aceitá-lo e a fazer um plano de recuperação do país (pois para um país receber o capital tinha de apresentar um plano de como o ia aplicar).
Muitos tentavam emigrar ilegalmente para outros países onde havia mais demanda por mão de obra pois, as cidades não conseguiram responder ao êxodo rural que ocorreu na década de 60 devido ao desenvolvimento da indústria, sendo que uma grande parte da população vive na miséria. No entanto, a maioria dos que o conseguem fazer também vivia mal, vivendo em bairros de lata.
A partir da década de 60, começa uma reviravolta no país, em que se desenvolve a indústria, se constrói muitos edifícios/infraestruturas (ex: ponte Salazar, posteriormente chamada de ponte 25 de abril), principalmente pelos 3 planos de fomento:
- Investimento no desenvolvimento das várias indústrias, em especial, na de siderurgia, de metalomecânica, de petroquímica, de adubos e de celulose; investimento no desenvolvimento das colónias e na melhoria das condições de vida da população através da criação de empregos com as medidas mencionadas anteriormente;
- Investimento nas mesmas indústrias mas, procurando abrir-se um pouco ao estrangeiro com a entrada de Portugal na EFTA, através da qual aumentam as exportações nacionais;
(Plano Intercalar de fomento - implementação de medidas ligadas à habitação, aos transportes, à saúde, à educação e à comunicação; com o objetivo de melhorar as condições de vida das populações.)
3. Procura de captar capital estrangeiro e investimento na construção de ainda mais infraestruturas, sem descurar as províncias ultramarinas, e aumento das relações comerciais com o estrangeiro, em especial, com a CEE.
Entre 1961 e 1974, Portugal passa pela Guerra Colonial onde as suas colónias com o apoio das duas super-potências (EUA e URSS) lutam pela sua independência, apenas a conseguindo com a queda do Estado Novo.
Este modelo político manteve-se até à Revolução dos Cravos de 25 de Abril de 1974, onde se instaurou a democracia.
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