Esta foi a nona filha de Zélia e Luís Martin. Cresceu numa família extremamente cristã, indo à missa diária das 5:30 e rezando o rosário completo, todos os dias, de joelhos.
Ela, ao longo da sua infância, teve como seu únicos amigos as suas irmãs, Jesus e Maria, pois tendo perdido a mãe aos 4 anos, tornou-se tímida e extremamente sensível.
Fez a sua primeira comunhão aos 9 anos de idade. Durante a sua preparação para este sacramento, ela descobriu que a sua vocação era ser Carmelita; mas quando falou com a madre superiora do Carmelo de Liseux, ela disse-lhe que não aceitavam postulantes de 9 anos e que teria de esperar até aos 16.
Aos 10 anos Teresa sofre de um ataque neurótico tão grave que pensavam que ela estava às portas da morte. Este terminou quando Nossa Senhora lhe sorriu através da imagem que estava no seu quarto (é de notar que esta imagem representa Maria com uma cara séria, de modo que este sorriso é um verdadeiro milagre).
No Natal de 1886, tinha ela quase 14 anos, ocorreu um acontecimento muito importante da sua vida; a sua passagem da infância para a sua vida "de adulta", por assim dizer. Ocorreu do seguinte modo:
Ela, a sua irmã Celina, e o seu pai chegam da missa do galo; e, no momento em que Teresa ia guardar o seu chapéu, o seu pai disse que seria o último ano no qual a iriam tratar como uma criança cumprindo a tradição francesa de colocar presentes nos sapatos das crianças junto à lareira dizendo que tinha sido o menino Jesus a colocá-las lá.
Teresa, que normalmente ficaria a chorar, em vez disso vai ao encontro do pai e abre os seus presentes com alegria, pois tinha recebido a graça da sua conversão.
No dia de pentecostes desse mesmo ano, ela decide revelar ao seu pai qual era a sua vocação e convencê-lo de que Jesus a chamava para o Carmelo havia já muito tempo. Ela defendeu tão bem a sua causa que, a partir daí o seu pai fez de tudo para que ela entrasse, incluindo falar com o bispo, com o Superior do Carmelo e até com o próprio Papa Leão XII.
Nenhum deles lhe diz que pode entrar com essa idade mas, por ser a vontade de Deus ela entra a 9 de Abril de 1888.
Na sua vida de carmelita, ela foi muito discreta fazendo pequenos sacrifícios com muito amor.
Morreu de tuberculose após dizer: “Meu Deus, eu te amo!”.
Foi beatificada em Abril de 1923 e canonizada a 17 de maio de 1925 pelo Papa Pio XI.